2ª Geração (da Matta Gâmboa de Mello e Minas/Niza)

Joao Carlos da Matta Gâmboa de Mello e Minas é  filho de João Carlos Álvares Pereira de Mello e Minas, natural de Lisboa, e de Maria José Minas de Mattos Pereira, natural do Crato.
Nasce em Proença-a-Nova em 13 /1/1817 e é aí baptizado no dia 23 do mesmo mês e ano. É neto paterno do Doutor Manoel Álvares Diniz Minas, natural  de Proença-a-Nova, e de Dona Margarida Joaquina da Costa Gamboa e Mello, natural de Lisboa. E é neto materno do Capitão Manuel de Mattos e de Dona Francisca Marques Pereira, ambos naturais da Vila do Carvoeiro, Crato.

Casa uma primeira vez, em Proença-a-Nova com D. Matilde Cândida da Matta. Dessa senhora, que morre aos vinte e seis anos (a 20/2/1842), tem os seguintes filhos:
- Maria Amélia da Matta de Mello e Minas. Nao sabemos com quem este filha casou mas soubemos que foi mãe de Maria do Carmo Ribeiro da Matta que casou com o Dr João Ribeiro de Andrade. Viveram na Sertã.
-António Carlos da Matta de Mello e Minas ( que é padrinho do meio-irmao João Carlos, filho mais velho do segundo casamento do pai. Morre menor de idade).



João Carlos fica viúvo por pouco tempo pois casa, passados 4 anos, (a 3/2/1846), aos 29 anos de idade, com Maria do Carmo Niza, dez anos mais nova. A sua segunda mulher é de Campo Maior e filha do 2º matrimónio do capitão Manuel António Gonçalves Niza com Mª do Carmo Niza.
Maria do Carmo quando casou com João Carlos tinha 19 anos. Teve de ter autorização do Conselho da Família por ser  menor de idade e orfã de pai
Casaram na Ermida da Enxara.




Foram pais (deste segundo casamento):

- João Carlos de Mello e Minas: nasce em 15/12/1846 (Oficial das Alfândegas, cujo percurso seguimos com carreira por várias alfândegas do país, desde Viana do Castelo a Elvas).
 
- Joaquim Carlos de Mello e Minas (Médico facultativo de 1ª classe. Pertenceu aos quadros de Saúde da Província de Moçambique. Nasce em 1850.Casou com Maria Magna de Carvalho, natural de Lisboa. Viveram numa casa na Rua de S. Bento, 98 em Lisboa (ver fotos em curiosidades). Morreu aos 44 anos,em 1894, em Campo Maior, na Rua das Pereiras ( posteriormente Rua João Minas), sem deixar descendentes. Está no jazigo da familia em Campo Maior.
 
 - José Carlos de Mello e Minas, nasc 22/3/1851. Natural de Campo Maior, Expectaçao. Pensamos que terá ficado solteiro. Morre em 1901 no posto de Coronel  do Exército. Fez comissões em Lisboa e em Moçambique.

-Maria Emília Gambôa de Mello e Minas, nasc 1857, natural de Campo Maior e continuadora do nosso ramo 


A família de João Carlos vive por esta época em Campo Maior indo posteriormente viver para Proença-a-Nova, numa quinta-tapada, localizada junto ao largo da antiga Câmara.
Na referida Vila, João Carlos exerceu as funções de Administrador do Concelho à data de 1866. Facto confirmado por actas existentes na Câmara (que nós consultámos) e por documentos na Torre do Tombo que possuímos.
Por detrás da Quinta onde vivia havia uma ruela por onde ele passava a cavalo. Ainda hoje existe e contiinua a ser  conhecida por a Quelha do Minas.

Em 1862 teve alvará de Moço Fidalgo (tomado de novo), com exercício.

fidalgo (significado)

"Esta palavra foi originada etimologicamente pela expressão filho de algo, descendente de alguém com posses ou de categoria social proeminente. Tradicionalmente, designa uma pessoa que pertence a uma classe superior por nascimento e não por nobilitação.
Terá passado ao uso português a partir do castelhano hijo d'algo, aparecendo em Portugal nos finais do século XII ou início do XIII e expandindo-se rapidamente a sua utilização a partir do século XIV.
Este estatuto tinha usualmente muitos direitos e privilégios, havendo também distinções entre os fidalgos: havia os fidalgos de grande solar (mais importantes e com maior grau de nobreza), solar notório, solar conhecido e de cota de armas ("guerreiros apenas, nobilitados pelos feitos menores de armas, às vezes sem terras ou título de família").
Estes títulos dependiam do maior ou menor poder social, económico e antiguidade comprovada da família, subdividindo-se ao longo dos tempos em muitos outros."




Para além das  propriedades em Proença-a-Nova também tem a herdade da Morgada, casas, olivais e ferragiais  em Campo Maior.

Casa a sua filha mais nova, Maria Emília, em Campo Maior e a partir daí a familia Minas radica-se nesta vila alentejana.

Morre em 27/10/1886

Quando a filha Maria Emilia herda a Herdade da Morgada, por sua morte, esta encontrava-se hipotecada por 60 anos e é o seu genro, Manuel Jerónimo, que paga a dívida contraída pelo sogro.
(ver documentos)

Curiosidades:

-A quinta- tapada onde viveu, no largo da Igreja e da antiga Câmara, foi vendida pelos seus descendentes (muito provavelmente quando Maria Jose Regalla enviúva de Joao Rodrigues Minas - facto a confirmar) cerca de 1920 a um senhor, notário, de Santarém, de nome Alves Martins.
Posteriormente a quinta é vendida a uma familia da localidade e é dividida por 4 herdeiros. Hoje encontra-se em avançado estado de degradação, tendo sido demolida a quase totalidade da casa principal.

No dia 03 de Março de 1885 foi concedida uma sepultura a João Carlos Gamboa Mello e Minas onde foram sepultados os restos mortais de sua esposa Maria do Carmo Niza.
As ossadas foram trasladadas para Campo Maior em 07-10-1909 ficando a sepultura devoluta, tendo sido vendida a João Lopes Manso de Proença-a-Nova em 10-04-1920.
No dia 10 de Novembro de 1887 foi concedida uma sepultura aos herdeiros de João Carlos Gamboa Mello e Minas. (não é feita referência à pessoa sepultada)
As ossadas foram trasladadas para Campo Maior em 07-10-1909 ficando a sepultura devoluta, tendo sido vendida a João Lopes Manso de Proença-a-Nova em 10-04-1920.
 
Em 1904 Maria Emília, pede a trasladação dos restos mortais de Manuel Gerónimo Mocinha, seu marido, e de Joaquim Carlos de Mello e Minas, seu irmão,para o jazigo denominado "Família Minas Mocinha", que deve ter sido mandado por ela construir nessa altura. Esses restos mortais encontravam-se no jazigo de Don Justo Marcos Garcia( confirmado por documentos que temos em nosso poder).

Estes dados foram obtidos directamente na Câmara de Proença, junto da responsável do cemitério e da  Assessora da Cultura que nos mostrou o registo e localização das campas, assim como actas assinadas por João Carlos enquanto Administrador do Concelho. Consultámos também o Arquivo histórico da Câmara.



A foto abaixo mostra o nosso dia em Proença-a-Nova (Dezembro de 2011), que começou com uma reunião na Câmara, uma pesquisa no Arquivo Municipal e posteriormente uma visita ao que resta da quinta, guiada por um dos actuais proprietários. Entrevistámos também uma tia sua, também proprietária duma fracção da quinta e actualmente com 93 anos.












 ( Na quinta de Proença , Agnelo Regala Minas e a prima Maria Amélia Minas, na fonte como era originalmente)